domingo, 23 de setembro de 2012

Capitulo 2: Djinns and Dragons - Parte 2

Intermission: Rodrigo

Tudo o que pude fazer por um tempo foi continuar observando minha filhote de dragão brincando com o ar. Ela já consegue planar por alguns segundos, então o que ela mais faz é pular e planar para longe. O que é realmente perturbador, é o fato de que ela aparenta estar fugindo de alguém… E agora a pouco o Ciro disse: — Bom, nem eu sou tão obsecado a pondo de ter ciúmes de um dragão, pode brincar com ela, Yuu.

Tenho certeza que ouvi isso. Desde então não consigo me mecher. Será possível que o Ciro não é um completo lunático? Não, não, ele com certeza é. Não há dúvidas disso. Yuu não… Mas então de quem o dragão (que ainda não dei nome) está fugindo? Será possível que… não, não pode ser… não, quer saber, não devo pensar nisso. Pensar sobre isso só vai me deixar ainda mais louco, e meu psicológico já não anda muito forte, com as constantes torturas da Noilma.

De qualquer forma. Eu roub… digo, adotei esse dragão. É minha responsabilidade cuidar dela. Certo, não posso deixar as coisas assim. Sem pensar mais, peguei a filhote sem nome pela cauda e comecei a correr. Enquanto me afasto as pressas, ouvi a voz do Ciro.

— Hum? O que foi Yuu? O que? O Rodrigo fez algo para você?… Não se preocupe, eu vou arrancar os braços dele e ele nunca mais vai fazer mal nenhum para você, ta bom?

…Parece que arranjei um problema maior do que pretendia.



Entrei na cobertura e tranquei a porta de acesso. Ótimo, sou o único que vem aqui durante o dia. Não deve ter ninguém aqui. …Como esperado, a filhote se manteve comportada sem brincar longe dos outros. Certo, então ela só faz aquilo quando tem alguém perseguindo ela… Acabo de admitir que a Yuu é "alguém", droga, estou ficando tão louco quanto o Ciro. Droga, o que fazer? Não posso continuar nessa situação. Estou fazendo monólogos desde o início do post. E não tenho desculpa alguma para iniciar uma luta nessa situação. Dessa forma ninguém vai ler isso… Ok, preciso pensar em algo.

— Hmm, falando nisso… preciso dar um nome para você. Sua mãe se chamava Dino (mudado recentemente para Dina), então talvez… Diana? Não, não, isso não parece certo. Algo que lembre mais um dragão talvez… O que você acha?

— Prrrruuu!

— … Você por acaso entende o que eu digo?

— Prrru! Prrru!

… Isso não é possível, é? Ela ainda é um filhote, não tem como ela ter aprendido linguagem humana em tão pouco tempo. Ou é? Eu não teria como saber, aparentemente as cordas vocais dela só são capazes de reproduzir esse "Prruu".

— Err, se você me entende… bata as asas duas vezes.

*flap* *flap*

… coincidência, é claro.

— Repita comigo: prru, prru, prru… prru, prra!

— Prru, prru, prru… prru, prruuú?!

— Há, errou a última nota! É claro que você não me entende.

… De alguma forma, ela não parece meio triste agora? Ei, não estou acostumado com dragões, mas isso é uma expressão de choro? Ow droga, talvez eu esteja maltratando ela sem perceber? Acabo de virar um bully do pior tipo, que fere os sentimentos dos outros sem perceber?

— Me desculpe! — Disse abaixando minha cabeça.

— Prrruu!

Ah, veja, ela voltou ao humor normal. Que adorável… Ha há, ela me entende, ela entende tudo o que eu digo…

— Vou alí bater minha cabeça na parede por um instante e já volto.

Pensando bem, talvez não… sinto que já tem várias coisas erradas com a minha cabeça desde o início desse post…

— Bom, isso torna as coisas mais fáceis. É claro, vou citar alguns nomes e você apenas me avisa quando ouvir um que gostar.

— Prrrrrrrruuuu!

— Certo, vamos começar! Ana, Angélica, Bia, Beatriz, Cléo, Catarina…

Recitei todos os nomes femininos que consegui pensar no momento, apesar de que abandonei logo a idéia de citar nomes em ordem alfabética. Para começo de conversa, não é ordem alfabética se eu desconsiderar completamente a segunda letra. Mas ela não reagiu a nenhum dos nomes.

— Você é dificil de agradar, hein?

— Pruu… Prrrr! Prrru… prrrrrrrr, prrrrrruuuuu!

— Não entendo nada do que você diz, não se esforce tanto.

Ah, ela está ficando triste de novo. Droga, eu fiz de novo? Não tem jeito, sou uma falha como criador? Hum? Parece que ela está fazendo força… Espere, não pode ser…

*puf*

Ok, esse barulho foi parecido com o que eu esperava… Mas daonde veio essa fumaça rosa?

— Ahhh! aaaah! Um? Consigo falar nessa forma!

Err… estou ouvindo a voz de alguém quando não deveria ter ninguém. Finalmente peguei a doença do Ciro?

— Meu nome é Heike, não parece, mas é um nome alemão feminino.

…Uma pessoa desconhecida está dizendo coisas que não me interessam. Quando a fumaça baixou, no lugar da filhote de dragão, apareceu uma garotinha de aproximadamente 11 anos de idade, pele clara e cabelos escuros… Ok, coisas estranhas acontecem, para onde foi meu dragão agora?

— Beth? Cade você? Carla? Droga, deviamos ter decidido um nome, é dificil procurar alguém sem nome…

— Por que você está me ignorando?!

— …Não quero aceitar a realidade do que acabei de ver, então estou fugindo dela, distorcendo minhas memórias para algo mais favorável…

— …Não faz sentido se você disser isso sobre si mesmo! Espere, então você entende que eu sou a Heike, certo?

— Sim, mas ainda não aceitei isso. Na minha fantasia, você é uma pessoa desconhecida que apareceu do nada e fez meu dragão fugir.

— Já disse que não faz sentido dizer esse tipo de coisa se você entende a situação!

— Entenda minha situação aqui… Todos os personagens importantes deveriam ser representações de pessoas reais, até mesmo a Yuu que não existe aqui deve… talvez… existir de verdade. Por isso peguei um dragão de estimação, diferente do Ciro, não consigo simplesmente adotar alguém para ser meu pet. Então resolvi criar um dragão. Mas é inútil se você puder virar humana dessa forma. Se você é um ser inteligente e capaz de virar humana, então isso faz de mim um pervertido!

— …Não faço idéia do que você está falando… E você já não acha que usou piadas da quarta dimensão de mais nesse único post?

— Você acabou de fazer uma sem perceber.

— Err… enfim, por que minha existência faz de você um pervertido?

— Porque eu sou um lolicon! MAS! Não sou um pedófilo! Me importo com a idade, apenas me sinto atraído por garotas que parecem ser mais jovens do que realmente são. Só que os outros não entendem isso, provavelmente isso é apenas uma desculpa para eles. Sim, eles acham que sou um pedófilo… O que eles dirão se me verem andando por ai com você? Considerando que você nasceu em um post não faz muito tempo. Você conta praticamente como uma recém nascida! Entende o que isso quer dizer? Eles não vão simplesmente me tratar como se eu fosse um pedófilo que deveria estar atrás das grades, vão me tratar como um toddlercon que não deveria ter o direito de continuar vivendo!

— Mas eu sou um dragão, o que isso tem a ver?

— Você não ve muitos filmes e animes não? Basicamente, qualquer coisa humanoide, ou que tenha a habilidade de se tornar humano conta como um potencial par romantico.

— Humanos são estranhos… Bom, só preciso me manter em forma de dragão e só virar humana quando tiver que falar algo então, certo?

— Hmm, sim, pode dar certo… Ok, não preciso mais fingir que você é uma desconhecida e que meu dragão desapareceu.

— Você ainda estava fazendo isso?

— Agora, precisamos guardar segredo. Ninguém, jamais, em hipótese alguma pode te ver dessa forma.

— Ah, Rodrigo, você estava ai. Preciso pedir algo emprestado…

*bam*

Eu matei o Dionathan.

Foi necessário… ele quase descobriu meu maior segredo… Sinto muito… E como diabos ele abriu a porta? Eu tinha trancado… Não faz mal, vendo o corpo dele cair na direção de onde ele veio, me apressei e tranquei a porta com uma barra de ferro. Dessa vez ninguém pode entrar. Desculpe Dionathan, com esse buraco em sua testa, duvido que possamos fazer um funeral com o caixão aberto.

— Argh! Maldito, abra essa porta! E por que você atirou essa bala de borracha na minha cara?!

Balas de borracha? Entendo, faz sentido. De qualquer forma…

— Heike, volte ao normal logo… Essa porta não pode segurar ele por muito tempo!

— Só posso me transformar uma vez a cada dez minutos.

Good grief.

— Rodrigo, vou acabar com sua raça por ter feito a Yuu chorar!

Um mecha de combate com sete andares de altura pousou na cobertura.

…Verdade, o Ciro tinha ficado irritado no começo disso tudo. Essa é minha chance, vou destruir esse clima de comédia e forçar uma luta sem sentido por razão nenhuma! No final resolveremos tudo na base da violência!

— Como você pretende lutar contra um mecha com balas de borracha?

Bem pensado, ainda bem que Heike me avisou. Mas se não posso usar poder de fogo, ainda tenho minhas habilidades em magia branca!

— O que é isso? Tem alguém com você? Não importa quantos sejam, destruirei todos!

Ainda bem que o Ciro é um completo lunático.

— Heike, use essa chance para se esconder. Tirando o Ciro, ninguém mais é tão idiota!

— EU OUVI ISSO MALDITO! AGORA VOU ARRANCAR SUAS PERNAS TAMBÉM!





A luta foi interrompida antes mesmo de começar. Por dez minutos fomos torturados com cenas de Junjou Romantica sendo transmitidos diretamente para nossas mentes… Não, não pode ser… eu decorei o nome disso? NÃAAAAOOOOOOO!!!

— Se vocês lutarem aqui vão destruir tudo, seus idiotas.

Noilma apareceu do nada e começou a dar uma bronca. Aparentemente o Dionathan fugiu antes que ela pudesse percebê-lo.

A Heike ainda está em forma humana. Ah, a Noilma está fazendo cafuné nela. É inútil, elas já se conhecem agora… Meu maior segredo… foi exposto… E eu nem consegui lutar durante o post todo… Sinto como se tivesse perdido várias coisas importantes hoje. Entre as que consigo listar são: Minha sanidade, minha dignidade, e minha ignorância sobre nomes de Yaois… Hoje é um péssimo dia.

Pensando nisso, deixei a fadiga mental tomar conta de mim e desmaiei.

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