sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Capitulo 5 - Phantom Mayhem - Parte 1



Intermission: Ciro


Dois dias se passaram desde que o Rodrigo perguntou sobre a Yuu para a Heike. Hell, que insensível da parte dele. Ele ficou enfermo, justamente quando uma outra ilha foi avistada no curso da Izanagi, que diminuía a sua velocidade. Não sei se ela sentiu nossa necessidade de reabastecer o shopping, mas veio em boa hora. 
Todos nós nos reunimos no salão principal para discutir quem iria descer até a ilha. Como o Rodrigo está doente, teremos que procurar por uma farmácia de novo.

- Quero recompensar pela hospitalidade de vocês, me deixem descer no lugar do Rodrigo! - Disse o garoto-raposa Yah enquanto se curvava para nós, respeitosamente.

- No problem. Contanto que ele não volte com pulgas - Replicou Andrew.

- Quando que as piadinhas vão acabar?

- I don't know... quando você começa a trocar de pelo para aguentar o inverno?

- Foco! - Disse o Dionathan - Eu, Ciro e Mogli (Yah) desceremos. Mais algum candidato?

E então a Noilma tirou os olhos de seus infames mangás de boylove e levantou sua mão.

- Quero procurar a Weekly Shounen Jump da semana, posso ir com vocês?

- Com isso temos nosso grupo de 2 pervertidos, um animal e eu.

-Pera pera pera aí! - Uma voz veio do fundo e uma garota que não me lembro de ter visto antes aparece - Nonoi, posso ir no seu lugar? Quero dar uma pesquisada para escrever meu próximo conto!

 Todos olhamos para a garota que havia acabado de chegar. Aparentemente ninguém lembrava dela, mas então a Heike falou:

- Gente, essa é a Lucy. Ela já é uma RDK há um tempo mas para poder usar suas magias ela adquiriu uma maldição que faz ela ser esquecida assim que ela sai do campo de visão de alguém! 

- Como assim, explique o porquê de você e só você se lembrar dela. - Interveio o Yah.

- Eu sou um dragão, oras.

Isso não explica muita coisa... O Dionathan ouviu tudo, mas por algum motivo ele parecia distante e ignorando a estranheza do que acabará de acontecer.

- Ok então, você vem conosco. Heike, já que você é a única que consegue lembrar dela você devia vir. Tem algum problema?

- Contanto que eu fique longe do Ciro, acho que o Rodrigo não vai se importar.

- Ciro, já terminou de trabalhar no sistema de voo do navio?

Não vai me dar tempo pra responder? What the fuck Dio.

- Você quer que eu termine um sistema tão complicado como esse em menos de uma semana? Infelizmente pra você eu nem tenho onde conseguir os materiais pra isso. A menos que desçamos e saiamos do shopping eu não vou conseguir metal nenhum pra começar a implementar ativamente o sistema de voo do navio. Ou será que deveria chamá-lo de Navião? Hein hein, o que acham?

Um segundo de silêncio foi o suficiente para eu perceber a droga de trocadilho que eu fiz. Como esperado de meu grande amigo Andrew, ele quebrou o silêncio com um tom de surpreso.

- Olhando pelas câmeras, achei um navio atracado no porto da cidade. 

- Isso não seria normal? - Perguntou a Noilma - Lógico que haveria navios no porto.

- Com uma observação mais detalhada, poderá notar que esse navio tem um sistema de impulsão semelhante ao nosso e por algum motivo há asas nele! 

Isso foi o suficiente para me animar. Quero procurar o engenheiro daquele navio!

- Mas há algo de estranho nessa ilha... apesar do porto grande, só há um navio e não há movimentação ali. - O Dionathan apontava para uma área destinada a estocagem de containers, a qual estava vazia. Seus dedos tremiam um pouco e eu tinha um palpite do motivo, mas preferi deixar quieto. - De qualquer maneira, nós precisamos descer.  Andrew, não faça nada de estranho com a Nathy só porque ela gosta de correr seminua pelo shopping hein!

Andrew soltou o típico olhar dele de whatefuck. 

- Ok então, vamos logo.

Entramos no nosso navio. Para ele ir do shopping ao mar ele usava um sistema de propulsão e seu formato permitia que de certa forma ele planasse e pousasse em segurança apesar de tudo.
Chegamos nessa ilha. Ela até o momento parece ser a maior em extensão que já visitamos, porém ela parecia uma ilha fantasma. Só podíamos avistar o navio parecido com o nosso e uma estranha névoa começou a emergir assim que chegamos. A vista ficava muito dificil, o que seria difícil pra nós ainda mais com a Lucie a nosso lado. Apesar de tudo que precisávamos fazer, eu tinha outras prioridades.

- Galera, eu vou ficar pra trás. Vou ver se acho chapas de metal ou qualquer coisa que possamos usar no navio. - Claro que esse não é meu único motivo, mas eles não entederiam o motivo de eu querer encontrar o engenheiro do outro navio. - Além disso fica mais fácil pra cuidar dele, afinal não teria nenhuma testemunha se quisessem o roubar.

O Dionathan olhou pra baixo e ponderou. Seu punho estava fechado e tremia ligeiramente, aparentemente havia algo de errado com ele. Mas ele não falaria conosco o que o aflige, ele não gosta de ser ajudado. Complexo de líder que acha que só ele deve ser capaz de ajudar e que consegue fazer tudo sozinho. Depois de um tempo ele respondeu:

- Acho que com o Yah conosco, poderemos nos cuidar apesar de tudo. Se algo de estranho acontecer, volte imediatamente para o navio e nos espere lá. Ok minna-san, let's go!

E assim eles partiram.



Intermission: ???

Me foi dado uma missão. Eu, como uma mercenária de elite, normalmente não aceito trabalho vindas do governo visto que normalmente são membros de sua elite que eu mato mas esse trabalho me parecia interessante.

Já lidei com várias pessoas e nativos desse planeta e sempre quis enfrentar algo a mais. Normalmente eu apenas assassino e saio escondida na mãe noite, sem nenhuma emoção. Já faço isso há tanto tempo que pode-se dizer que virou uma rotina. Pesquiso sobre a vítima, persigo ela até aprender sua rotina e assim que for oportuno eu a assassino e fujo o mais rápido possível para outra ilha. O fato do governo não ser centralizado me ajuda bastante.

Mas dessa vez meu alvo é um grupo de desordeiros fortes. Assim como eu, eles normalmente arranjam briga com o governo, porém eles lutam em batalhas diretas. Qual é o motivo deles? Espero que não sejam meros piratas comuns. 

Segui a ilha voadora deles e depois de um tempo finalmente eles desceram, provavelmente pra comprar mantimentos. Acelerei e cheguei antes na ilha, podendo armar as armadilhas com antecedência. Usando minha magia de água, criei uma intensa névoa. Não que fosse difícil, essa área tem um distúrbio espiritual muito grande do qual me aproveitei. 

Me foi pedido para os eliminar, mas não precisaria ter muita pressa. Parei então para ponderar sobre as informações que me foram dadas.

Aparentemente o líder se chama Dionathan, o qual tem um poder estranho de invocar armas do nada. Também teríamos que enfrentar o Rodrigo, um atirador profissional com poderes em magia branca. E por último Ciro, o engenheiro do time. Apesar de terem mais membros, o resto não se envolve muito em lutas aparentemente. Dentre os três que já vi lutar, preferiria enfrentar o Ciro. Rodrigo tem uma maior mobilidade nas lutas e se adapta bem à condições adversas, o Dionathan possui vários estilos de luta com armas diferentes então ele poderia me dar trabalho enquanto Ciro, mesmo que seja o com maior força bruta, costuma lutar somente com uma lança, o que me daria vantagem visto que minhas armas tem maior alcance. Contanto que eu não o enfrente em um combate direto, tenho certeza que poderei o derrotar.

Estranhamente, do navio não saiu o Rodrigo e sim um rapaz que parecia muito com uma quimera, uma garotinha e uma garota desorganizada. Ciro e Dionathan estavam juntos, logicamente. Eles discutiram um pouco e Ciro ficou pra trás, no navio.

Isso vai facilitar muito as coisas para mim.

Intermission: Ciro.

Continuei andando entre os containers. Felizmente o fato de eu ser um dragão, assim como a Heike, me dava uma força sobre-humana que era necessária para eu abrir os galpões e os containers sem dificuldade. A maioria deles parecia que não era tocada por muito tempo.

O clima começou a resfriar, o que realmente não era um problema pra mim. A névoa engrossava e minha visão piorava, mas felizmente minha audição me permitiu ouvir que alguém se aproximava. Aparentemente, vieram a trás de minha cabeça.

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